Parque de Lazer na margem do Rio Minho
Nos dias mais quentes do mês de Junho, foi aqui que procurámos refúgio, por entre os verdes do Parque da Cidade e os azuis do rio Minho.
Já tínhamos andado pelo Minho, mas ainda não conhecíamos Vila Nova de Cerveira. Assim, aproveitámos a recente reabertura do renovado INATEL Cerveira Hotel, para conhecermos a região.
Vila Nova de Cerveira é conhecida actualmente por Vila das Artes, devido à sua Bienal de Arte Moderna. Em toda ela se podem admirar trabalhos de escultura, doados pelos seus autores e que enfeitam muitos dos seus Largos, Ruas, Jardins e Parques.
* Conta-se que, antes de os homens aqui chegarem, esta terra era habitada pelos Cervos e que até havia um Rei Cervo "que era um grande senhor, prudente em tudo, corajoso na luta e sábio no falar..."
Assim nasceu a "Terra de Cervaria", entre margens e cumes, desde a Serra da Gávea a Lovelhe.
Não se sabe ao certo quando tudo isto aconteceu, mas os antigos gostavam de contar esta "história", quando se sentavam à lareira nos dias frios do inverno.*
Um dos ex-libris de Vila Nova de Cerveira é a escultura do Cervo no alto da Serra da Gávea, obra do escultor José Rodrigues.
Uma das entradas do Castelo
Esta "Terra de Cerveira" é muito antiga e interessante. Existem vestígios de um Castro da Idade do Ferro e muitos nomes de vilas ligados ao povoamento pelos romanos.
Os seus povos foram romanizados, depois germanizados e mais tarde cristianizados, tendo-se mantido através dos séculos, a estrutura romana das paróquias a que hoje correspondem as freguesias. Quando foram feitas as Inquirições de 1258, o quadro das freguesias estava praticamente estabelecido como as actuais.
Foi D. Dinis, preocupado com o povoamento do interior que então estava desertificado, que mandou construir o castelo e deu condições especiais a 100 povoadores para fundarem a Vila Nova de Cerveira e de D. Dinis, concedendo-lhe Carta de Foral em 1321.
Ponte da Amizade (internacional) - vista do Castelo
A partir daí, Vila Nova de Cerveira passou a ter um importante interesse estratégico na defesa da fronteira.
Por várias vezes o exército de Castela tentou invadir Portugal. Em 1643 a Vila foi atacada pelas tropas de Filipe IV de Castela, o que obrigou ao reforço das muralhas e entre 1649 e 1654, foi construído o Forte de Lovelhe, com o objectivo de travar as invasões filipinas.
O Forte de Lovelhe tem um traçado pentagonal com 5 baluartes. Foi reconstruído em finais do século XVIII para permitir a defesa de Vila Nova de Cerveira das invasões francesas. Conjuntamente com o Castelo de Cerveira e com um pequeno baluarte conhecido como Forte da Atalaia, completava a linha de defesas da Vila.
Pormenor de um dos 5 baluartes
Em 1809 o general Soult tentou em vão entrar, passando o rio aqui em Cerveira. Tal como na Guerra da Restauração em 1643, também agora os franceses não passaram e tiveram de recuar entrando por Chaves.
Vista do Rio Minho até à foz, desde o alto da Serra da Gávea
Vale a pena subir à Serra da Gávea e admirar a paisagem soberba que daí se avista e parar no miradouro da Ermida que fica situada na meia encosta e da qual não fixei o nome.
Lamentàvelmente, o Posto de Turismo não funciona: não têm um Mapa da Cidade, nem prospectos onde os visitantes possam descobrir os pontos históricos ou turísticos de maior interesse, nem a senhora que está a atender sabe dizer-nos quais são.
Valeu-me um magnífico prospecto editado pela Câmara Municipal, muito bem feito e que nos remete para uma bibliografia muito interessante, que me foi cedido na Recepção do INATEL Cerveira Hotel.
E aqui deixo um pedido singelo à Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira: "Reeditem esta notável brochura e divulguem o vosso Património. Distribuam pelos Hotéis e dinamizem o Posto de Turismo!"
Não se esqueçam de "clicar" nas fotos para ampliarem e verem mais em pormenor.
Tenham uma boa semana.
Beijinhos da
Bombom (Tia Fátima / Avó Fátima)
Nos dias mais quentes do mês de Junho, foi aqui que procurámos refúgio, por entre os verdes do Parque da Cidade e os azuis do rio Minho.
Já tínhamos andado pelo Minho, mas ainda não conhecíamos Vila Nova de Cerveira. Assim, aproveitámos a recente reabertura do renovado INATEL Cerveira Hotel, para conhecermos a região.
Vila Nova de Cerveira é conhecida actualmente por Vila das Artes, devido à sua Bienal de Arte Moderna. Em toda ela se podem admirar trabalhos de escultura, doados pelos seus autores e que enfeitam muitos dos seus Largos, Ruas, Jardins e Parques.
* Conta-se que, antes de os homens aqui chegarem, esta terra era habitada pelos Cervos e que até havia um Rei Cervo "que era um grande senhor, prudente em tudo, corajoso na luta e sábio no falar..."
Assim nasceu a "Terra de Cervaria", entre margens e cumes, desde a Serra da Gávea a Lovelhe.
Não se sabe ao certo quando tudo isto aconteceu, mas os antigos gostavam de contar esta "história", quando se sentavam à lareira nos dias frios do inverno.*
Um dos ex-libris de Vila Nova de Cerveira é a escultura do Cervo no alto da Serra da Gávea, obra do escultor José Rodrigues.
Uma das entradas do Castelo
Esta "Terra de Cerveira" é muito antiga e interessante. Existem vestígios de um Castro da Idade do Ferro e muitos nomes de vilas ligados ao povoamento pelos romanos.
Os seus povos foram romanizados, depois germanizados e mais tarde cristianizados, tendo-se mantido através dos séculos, a estrutura romana das paróquias a que hoje correspondem as freguesias. Quando foram feitas as Inquirições de 1258, o quadro das freguesias estava praticamente estabelecido como as actuais.
Foi D. Dinis, preocupado com o povoamento do interior que então estava desertificado, que mandou construir o castelo e deu condições especiais a 100 povoadores para fundarem a Vila Nova de Cerveira e de D. Dinis, concedendo-lhe Carta de Foral em 1321.
Ponte da Amizade (internacional) - vista do Castelo
A partir daí, Vila Nova de Cerveira passou a ter um importante interesse estratégico na defesa da fronteira.
Por várias vezes o exército de Castela tentou invadir Portugal. Em 1643 a Vila foi atacada pelas tropas de Filipe IV de Castela, o que obrigou ao reforço das muralhas e entre 1649 e 1654, foi construído o Forte de Lovelhe, com o objectivo de travar as invasões filipinas.
O Forte de Lovelhe tem um traçado pentagonal com 5 baluartes. Foi reconstruído em finais do século XVIII para permitir a defesa de Vila Nova de Cerveira das invasões francesas. Conjuntamente com o Castelo de Cerveira e com um pequeno baluarte conhecido como Forte da Atalaia, completava a linha de defesas da Vila.
Pormenor de um dos 5 baluartes
Em 1809 o general Soult tentou em vão entrar, passando o rio aqui em Cerveira. Tal como na Guerra da Restauração em 1643, também agora os franceses não passaram e tiveram de recuar entrando por Chaves.
Vista do Rio Minho até à foz, desde o alto da Serra da Gávea
Vale a pena subir à Serra da Gávea e admirar a paisagem soberba que daí se avista e parar no miradouro da Ermida que fica situada na meia encosta e da qual não fixei o nome.
Lamentàvelmente, o Posto de Turismo não funciona: não têm um Mapa da Cidade, nem prospectos onde os visitantes possam descobrir os pontos históricos ou turísticos de maior interesse, nem a senhora que está a atender sabe dizer-nos quais são.
Valeu-me um magnífico prospecto editado pela Câmara Municipal, muito bem feito e que nos remete para uma bibliografia muito interessante, que me foi cedido na Recepção do INATEL Cerveira Hotel.
E aqui deixo um pedido singelo à Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira: "Reeditem esta notável brochura e divulguem o vosso Património. Distribuam pelos Hotéis e dinamizem o Posto de Turismo!"
Não se esqueçam de "clicar" nas fotos para ampliarem e verem mais em pormenor.
Tenham uma boa semana.
Beijinhos da
Bombom (Tia Fátima / Avó Fátima)
- quarta-feira, julho 25, 2012
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